sábado, 13 de abril de 2013


Essa cartinha escrevi para minha filha um dia desses, a reação dela foi linda, ela amou e guardou com carinho...

 Minha filha querida

            Eu te amo mais do que tudo, mais do que amo dias de sol, mais do que amo comer doce e chocolate, mais do que amo comprar roupa e sapato. Amo você minha princesa com muita força, maior do que a força do Super-Homem ou do Hulk, maior do que a força de um vulcão.
         Você é meu presente que eu queria tanto e pedi para Deus, ele me deu você Ludmila, amada do povo. E eu te entreguei para Deus porque você é filha Dele, serva Dele, e sei que você será usada por Ele para louva-lo e adora-lo.
         Sei que eu não sou perfeita minha filha, sei que cometo erros e às vezes eu te deixo triste e que você não entende o meu modo de agir, mas gostaria que você me perdoasse pelos meus erros porque se errei com você, se eu te magoei, não foi por querer, não foi porque não te amo e nem porque você não é importante para mim.
         Essa cartinha eu escrevo para você minha linda princesa tão esperada e enviada por Deus para que você guarde com carinho e quando estiver mais velha e não lembrar mais desse dia você possa ler essa carta novamente e possa sentir como você está sentindo agora, todo o amor que eu sinto por você.

Katylene mãe da Ludmila

Quero respeito. Estou respeitando?

Vivemos em um país em que somos encorajados a dizer o que pensamos e a nos sentir livres para fazer o que queremos, mas será que é assim mesmo?
Sempre houve represaria, exclusão e ataques a quem pensa diferente da maioria, que não se convence com o que lhe é imposto como verdade única a ser seguida. Historicamente a minoria só conseguiu conquistar direitos com luta, indo às ruas, derramando o próprio sangue, gritando até serem ouvidos, afinal os limites estão aí para serem rompidos, porém muitas guerras poderiam ter sido evitadas se conseguíssemos ouvir o outro e não apenas nossa própria voz.  Cada um enxerga os próprios problemas como sendo os únicos e mais importantes, os que devem ser resolvidos em primeiro lugar, e esse esforço em lutar as próprias lutas consome tanta energia que nos falta ânimo para pelo menos ouvir o que o outro tem a dizer. Como podemos exigir que uma pessoa que pensa diferente de nós entenda nosso ponto de vista e nos respeite se não permitimos que ele exponha sua opinião se a mesma for diferente da nossa? Não estou partindo em defesa de ninguém, pelo contrário, estou apenas expondo minha opinião e tenho certeza de que muitos serão contra ela. Não tenho a intenção de ofender ninguém porque da mesma forma que exijo respeito ofereço o mesmo respeito a todos que me rodeiam.
A questão em evidência no momento é a luta pelos direitos dos gays, direito de ir e vir sem sofrer discriminação, poder expor seu amor se medo de ser ofendido ou agredido, casar, adoção, enfim, os direitos que nos são detalhados na Constituição. Procuro entender como deve ser difícil viver rodeado de pessoas que não respeitam e nem se esforçam para entender o motivo de suas escolhas e opiniões, não me sinto digna de dizer “eu entendo” porque só sabe realmente com é quem vive a situação e quem está de fora só pode limitar-se a “procurar entender”. Porém acredito que os mesmos direitos exigidos, entre eles o direito à liberdade de expressão, não estão sendo respeitados pelos próprios gays! Pensei mil vezes antes de expor minha opinião porque como disse antes respeito cada indivíduo com suas diferenças e particularidades, porém, não concordo de forma nenhuma com o que tem acontecido nesses últimos dias. Qualquer pessoa, independente de crença, conta bancária ou cor da pele que diga qualquer coisa contrária ao que exigem os gays é prontamente retalhada em todas as mídias, muitas vezes de forma cruel.
Como posso exigir liberdade se o outro não pode ser contrário a minha opinião? Que liberdade é essa onde tenho medo de falar?  Não quero ser agredido pelas minhas escolhas mas ataco fisicamente e com palavras quem se opõe a mim? Sei que não podemos generalizar, sei que não são todos os militantes pela causa gay que agem dessa forma, conheço e tenho amigos que são gays o que não me impede de dizer o que penso, claro, com todo respeito:
Se você quer ser ouvido seja capaz de ouvir. Se você quer ser respeitado, seja capaz de oferecer o mesmo respeito. Não quer apanhar na rua por ser quem você é? Então não agrida quem não concorda com você.